Morreu um mulato véio Com quase duzentos ano Ficou a véia resmungando Ali em riba da carcaça Eu fui pra lá dá uma mão Moiá a goela com cachaça
Eu assim de pêlo liso Negaciando igual raposa Quando eu ando sem muié Faço cosca em quarquer cosa
Fincão, percebejo e purga No rancho era uma tristeza Não tinha banco nem mesa Sentemo o morto no chão Escoremo cumas pedra E alumiemo com tição
Eu assim de pêlo liso Negaciando igual raposa Quando eu ando sem muié Faço cosca em quarquer cosa
Fincão, percebejo e purga No rancho era uma tristeza Não tinha banco nem mesa Sentemo o morto no chão Escoremo cumas pedra E alumiemo com tição
Eu assim de pêlo liso Negaciando igual raposa Quando eu ando sem muié Faço cosca em quarquer cosa
Terminou o sebo do candeeiro Fiquemo na escuridão E eu fui assoprá o tição Caí por riba do corpo Peguei na perna da véia Oigatê serviço porco
Eu assim de pêlo liso Negaciando igual raposa Quando eu ando sem muié Faço cosca em quarquer cosa
Nisso acenderam um candeeiro E eu tava desajeitado Um facão enferrujado Me farquejaro o ouvido Cubiçar muié de morto É um pecado bem comprido
Eu assim de pêlo liso Negaciando igual raposa Quando eu ando sem muié Faço cosca em quarquer cosa
Eu assumi sem querê A véia do falecido Toma banho de vestido Passa pitando e guspindo De noite não deixa eu durmi Passa roncando e tussindo
Eu assim de pêlo liso Negaciando igual raposa Quando eu ando sem muié Faço cosca em quarquer cosa
Tava meia estragadinha do peito a muié véia, mas o resto tava bão!
Compositor: Desconhecido no ECADIntérprete: Joao Fortunato Nunes Reis (SOCINPRO)Publicado em 2017 (16/Out) e lançado em 1995 (01/Mar)ECAD verificado fonograma #14200531 em 15/Abr/2024 com dados da UBEM