Ai, quando eu era carrero Eu fui um cabra luxoso Tinha dezoito boi preto ai, ai No cabeçáio o Barroso Adeus morena
Quando entrava na cidade Meu carro entrava cantando As mocinhas na janela ai, ai Entravam pra dentro chorando Adeus morena
Meu carro cantava triste Que nem a perdiz no campo E até meu coração ai, ai Se desmanchava em pranto Adeus morena
Meus boizinho ensinado De cor preto aveludado Vive na recordação ai, ai Dos carrero apaixonado Adeus morena
Distante da mocidade Daquele tempinho bão Aqui sofre este carrero ai, ai De sôdade e de paixão Adeus morena
Recordando as estrada Do meu querido sertão A saudade no meu peito ai, ai Cresce na imaginação Adeus morena
Tinha um ranchinho triste No barranco da estrada Tenho a recordação ai, ai Da mais linda namorada Adeus morena
Naquele campo formoso Quando meu carro cantava As plantinhas do caminho ai, ai Parecia que chorava Adeus morena
Meu carro não canta mais Por este chão brasilero Na costa deste carrero ai, ai Já tem noventa janero Adeus morena
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositor: Antenor Serra (Serrinha) (UBC)Publicado em 2009 (29/Set) e lançado em 1943 (02/Fev)ECAD verificado obra #3501691 e fonograma #1586455 em 31/Mar/2024 com dados da UBEM