Vejo uma nuvem de pó Lá na curva do estradão É poeira de boiada Vindo lá do meu sertão
Eu vejo o boiadeiro Montado em seu alazão O toque do seu berrante Machuca meu coração
Depois que a boiada passa De novo eu fico tristonho Então eu chego a pensar Que tudo isso é um sonho
Eu entro no meu ranchinho Neste deserto medonho Choro de pranto a tristeza Falo e não me envergonho
Eu também fui boiadeiro E hoje eu não sou mais nada O consolo que eu tenho Ver a traia pendurada
Quando saio na janela Eu olho lá na invernada Aperta minha garganta E a voz fica embargada
O meu cachorro campeiro Amigo de vaquejada Hoje também está velho No finzinho da jornada
Estou no mesmo caminho Sinto as pernas fraquejadas E só terei o meu descanso Na derradeira morada
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Antonio Geraldo Urbano (Neguito) (SICAM), Joao Benedito Urbano (Tiao do Carro) (SOCINPRO)Publicado em 2016 (27/Abr) e lançado em 1997 (26/Jun)ECAD verificado obra #33571 e fonograma #12268744 em 08/Abr/2024