Eu andei quarenta légua Em riba do meu mulão Fui fazer meu casamento Com a Maruca do Sertão Pra aliviá meu coração
Atravessei mata virge E as campina do deserto A distância mais distante Pra quem ama fica perto Quem quer bem sabe que é certo
Eu cheguei no patrimônio E avistei um azulão Perguntei do paradeiro Da Maruca do Sertão Tive uma desilusão
O azulão me arrespondeu Se procura o seu amor Não lhe posso dar notícia Daqui não sou morador Quase que eu morri de dor
Eu segui a caminhada Atravessei a pinguela Fui tirar informação No moinho da cancela Meu sentido tava nela
E nas águas do moinho O monjolo arrespondeu A Maruca do Sertão Faz três noite que morreu O meu peito estremeceu
Eu vortei margeando as águas Bem no remanso do rio Como se fosse uma santa Tua imagem arrefletiu Eu senti um calafrio
A Maruca estava bela Como a laranjeira em flor E me disse, vós não chore Que eu te espero, meu amor Junto de Nosso Senhor
Compositor: Mario Joao Zandomenechi (Mario Zan) (UBC)Editor: Brasidisc Gravacoes e Comercio (ABRAMUS)ECAD verificado obra #2361459 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM