De acordo com meu sistema Sem gritaria ou fuzarca encilhei o mouro negro que ganhei batendo carta foi o cavalo mais lindo que carregou minha marca parecia um monumento no seu vulto bem talhado pelo de brazino escuro puxando pro azulado anquias de apara mulatas nas janelas dos sobrados
Upa-upa dê-lhe pata que eu nasci sobre os pelegos (estrebilho) E morro levando junto recuerdos do mouro negro
Quem é domador conhece o que é flor e o que é veneno Não é crime nem ofença se o bicho não der dos bueno Mas esse flete eu exigo mal pisoteava o sereno Num retosso em cancha rasa foi meu pingo mais lovado E desconheço outro igual pra cruzar um rio a nado Sempre com o mesmo balanço em chão parelho ou quebrado
Nos rincões continentinos na querencia guarani Campeando paixões perdidas endejamos por aí Era estampa do centauro dos meus tempos de gurí Como disse o Juca Ruivo, índio campeão num poema Quando eu volver pra minha terra que eu deixei sem dar um buenas Quero voltiar meu cavalo só retumbando as achilenas
Compositor: Léo Ribeiro de Souza / Francisco CastilhosPublicado em 1998ECAD verificado fonograma #28424 em 14/Abr/2024 com dados da UBEM