Crédito foto: Reprodução / Linda McCartney

Paul McCartney compartilhou suas recordações sobre o momento devastador em que soube da morte de John Lennon.

No novo livro "Wings: The Story of a Band on the Run", lançado nesta terça-feira (4), o músico relembra quando descobriu que Lennon havia sido fatalmente baleado por Mark David Chapman, em Nova York, em 8 de dezembro de 1980.

Aos 83 anos, Paul escreve que a notícia foi dada por seu empresário logo pela manhã e descreve o evento como "simplesmente insano".

Comparando esse evento ao assassinato de John F. Kennedy Jr. em 1963 e o classificando como um "momento horrível", o ex-beatle relata que tudo ficou "embaçado".

"Você não conseguiria assimilar isso. Eu ainda não consegui assimilar. Eu não quero", admitiu.

Após a morte de Lennon, ele conta que retornou ao estúdio com seus companheiros dos Beatles, Ringo Starr e George Harrison.

Para eles, era crucial continuar a trabalhar e estar com pessoas próximas, mesmo diante do choque. "Nós simplesmente precisávamos seguir em frente", escreveu o músico no livro.

Paul McCartney também reflete sobre a reconciliação com John Lennon antes de seu falecimento, após a separação dos Beatles, em 1970.

Apesar de lamentar não ter tido a chance de conversar pessoalmente e esclarecer todas suas diferenças, ele é grato por a última ligação entre eles ter sido amigável, sem desentendimentos.

Reconciliação que ele considera "uma das grandes bênçãos" de sua vida.

O livro "Wings: The Story of a Band on the Run" explora a trajetória de Paul em sua famosa banda pós-Beatles, o The Wings, e inclui 40 horas de entrevistas inéditas e de arquivo, com contribuições de seus colegas e familiares.