Ô mãe, perdoa esse filho seu Peço perdão por tudo que aconteceu Também chorei na nossa despedida Não te escutei entrei pra vida bandida
Ô mãe, perdoa se me fez chorar Homem não chora e não deu pra aguentar (deu não) Tá mó massacre nesse cotidiano Tá numa cela eu mais trinta mano
Mais avisa a mulecada qualquer dia eu volto Num campinho de terra eu boto as pipa no alto Eu e a mulecada é tipo fosse irmão Vinte e sete de Setembro é São Cosme Damião
Ô mãe, avisa pro Pai que eu to bem Tu dá um abraço na Jasmim também E avisa lá que eu continuo na luta Sempre para dar o melhor pro Matheus e pro Lucas
Olho pro horizonte o que eu vejo é muralhas É triste esse regime, a vida carcerária To pedindo perdão pra sociedade Qualquer dia eu to aí curtindo a liberdade
Também chorei na nossa despedida Não te escutei entrei pra vida bandida
Também chorei na nossa despedida Não te escutei entrei pra vida bandida