A vida seria bem melhor Não fosse a fatal revelação O tempo, fotógrafo maior Realça o real e a ilusão Passado, presente e porvir São notas que fogem da canção A gente deixou escapulir Nos dedos velozes da emoção
Eu vou cantar até o amanhecer A felicidade que há em mim Mas vou cantar com olhos de não ver Que o meu canto um dia vai ter fim
O sol é a lua de amanhã O mar é o rio que já foi A terra é promessa temporã Sem antes, durante nem depois Mas certa incerteza vai além Convence e acende o coração O medo da morte é quase um bem Que um dia levamos ao porão
Eu vou cantar até o amanhecer A felicidade que há em mim Mas vou cantar com olhos de não ver Que o meu canto um dia vai ter fim
A vida não para de doer Do grito primal à extrema unção Como um horizonte a se perder No verde fantasma do sertão E o tempo, fotógrafo maior Revela uma nova dimensão A vida é a morte ao meu redor Viver nunca foi morrer em vão
Eu vou cantar até o amanhecer A felicidade que há em mim Mas vou cantar com olhos de não ver Que o meu canto um dia vai ter fim
Eu vou cantar até o amanhecer A felicidade que há em mim Mas vou cantar com olhos de não ver Que o meu canto um dia vai ter fim
Compositores: Carlos Henrique Costa (UBC), Frederico Guilherme do Rego Falcao (UBC)Editor: Sony Music (UBC)Publicado em 2018 (15/Mai) e lançado em 2018 (01/Mar)ECAD verificado obra #18428626 e fonograma #15822258 em 28/Out/2024 com dados da UBEM