Toda vez que eu viajava Pela estrada de Ouro Fino De longe eu avistava A figura de um menino
Que corria, abri a porteira Depois vinha repetindo Toque o berrante seu moço Que é pra eu ficar ouvindo
Quando a boiada passava E a poeira ia rastando Eu jogava uma moeda E ele saia pulando
Obrigado boiadeiro Que Deus vá lhe acompanhando Pr'aquele sertão afora Meu berrante ia tocando
Nos caminho dessa vida Muito espinho eu encontrei Mas nenhum calô mais fundo Do que esse que eu passei
Na minha viagem de vorta Quarquer coisa eu cismei Vendo a porteira fechada O menino não avistei
Apeei o meu cavalo Num ranchinho a beira-chão Vi uma mulher chorando Quis saber qual a razão
Boiadeiro veio tarde Veja a cruz no estradão Quem matou o meu filhinho Foi um boi sem coração
Lá das bandas de Ouro Fino Levando o gado selvagem Quando passo na porteira Até vejo sua imagem
O seu rangido tão triste Mais parece uma mensagem Daquele rosto trigueiro Desejando boa viage
A cruzinha do estradão Do pensamento não sai Eu já fiz um juramento Que não me esqueço jamais
Nem que o meu gado estore Que eu precise ir atrás Nesse pedaço de chão Berrante eu não toco mais
Compositores: Luiz Raymundo (Luizinho) (UBC), Teddy Vieira Azevedo (Teddy Vieira) (UBC)Editor: Universal Music Publishing Mgb Brasil Ltda (UBC)Publicado em 2022 (29/Set) e lançado em 1989 (01/Ago)ECAD verificado obra #1607 e fonograma #250540 em 08/Abr/2024 com dados da UBEM