Estrada doirada, Carreira de sonho e canseira Senda de aloés. Estrada do sul, vivandeira Rameira que os homens Bem tratam aos pés. Cama onde o sol se demora, Se atrasa na hora E adormece outra vez.
Passa a voar Rentinha ao chão, Filha da cobra E do falcão.
Noite na estrada, Canta abandonada A moirinha encantada A penar. Noite azul do além tejo É um azulejo Pintado ao luar. Quem pisa a estrada nem pensa Na distância imensa Que falta pisar.
Passa a voar Rentinho ao chão, Filha da cobra E do falcão.