É calor de mês de agosto É meados de estação Vejo sobras de queimadas A fumaça no espigão
Lavrador tombando terra Dá de longe a impressão De losângulos cor de sangue Desenhados pelo chão
Terra tombada é promessa De um futuro que se espelha No quarto verde dos campos A grande cama vermelha
Onde o parto das sementes Faz brotar de suas covas O fruto da natureza Cheirando a criança nova
Terra tombada Fez do sangrado chão quente Esperando que as sementes Venham lhe cobrir de flor
Também minha alma Sangrando espera confiante Que em meu peito você plante As sementes do amor
Terra tombada é criança Deitada num berço verde Com a boca aberta pedindo Para o céu matar-lhe a sede
Clara fonte ao pé da serra É o seio do sertão A água, leite da terra Alimenta a plantação
O vermelho se faz verde Vem o botão, vem a flor Depois da flor as sementes O pão do trabalhador
Embaixo das folhas mortas A terra dorme segura E nos dará para o ano Novo parto de fartura
Terra tombada Fez do sangrado chão quente Esperando que as sementes Venham lhe cobrir de flor
Também minha alma Sangrando espera confiante Que em meu peito você plante As sementes do amor
Compositores: Joao Doracio (Carlos Cesar) (SICAM), Jose Fortuna (Ze Fortuna) (UBC)Editor: Peermusic do Brasil (UBC)ECAD verificado obra #7206 em 05/Abr/2024 com dados da UBEM