No dia que eu deixei o meu Rio Grande Ainda me lembro como fosse agora Dei um abraço em minha mãe querida Cantava o galo ao romper da aurora
Da minha gente eu me despedi Saí no escuro pela estrada afora Meu sentimento é deixar uma china Lá bem distante que meu peito adora
Conheço bem o meu Brasil querido Aonde eu passo não faço demora Cada paragem sempre um novo amor Na despedida moreninha chora
No peito desse gaúcho guapo Em nenhum momento a tristeza mora Quando a saudade quer me dominar Dou um suspiro, o meu peito melhora
Cada estado que o gaúcho passa Uma nova dança o gaúcho decora Aqui em São Paulo gostei do catira Entro na sala arrastando a espora
Precisa ser o zóio reforçado Se não o meu balanço não me escora O meu chicote no braço direito No lado esquerdo meu schimidt mora
Pensando bem sou igual a nuvem branca Que corta espaço e vai pro mundo afora Saí de casa pra conhecer o mundo No meu Rio Grande voltarei outrora
A minha vida é igual do beija-flor Que no jardim vai ao romper da aurora Sempre beijando uma nova flor Não tenho amor dispenso e vou-me embora
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Adauto Ezequiel (Carreirinho) (SBACEM), Lucio Rodrigues de Souza (Ze Carreiro) (SOCINPRO)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)ECAD verificado obra #38128 em 02/Abr/2024 com dados da UBEM