Na primeira febre, a minha febre E quem é quem pedindo proteção? Ponho a mão na testa do meu neto E é meu avô que está estendendo a mão
Nessa comunhão dos três Eu sou avô do meu avô Ele é o menino ali E ri das confusões Que o grande amor pode fazer É um milagre essa multiplicação De mãos e febres por buscar ternura E então com medo de morrer A fragilíssima trindade jura Ficaremos sempre assim por perto E quando meu neto tiver neto Uma febre unindo o que passou Dirá pro tempo: oi, meu avô
É por aí: um piano em debussy O morcego e o sapoti na praia dos coqueiros O avô sou eu numa bicicleta De canelas finas, mexe com as meninas
Explode a trovoada, a chuva canta E a enxurrada leva todos nós Fracionados sim, mas fusionados Rumo ao delta, à queda, ao fim, à foz
E uma vez que voltaremos Numa febre que menino-avô terei Até o filósofo sorri "é o mesmo rio. eu me enganei"
Compositores: Aldir Blanc Mendes (Aldir Blanc) (ABRAMUS), Cristovao da Silva Bastos Filho (Cristovao Bastos) (ABRAMUS)Editores: Edicoes Musicais Cordilheiras Ltda. (AMAR), Sony Music (UBC)Administração: Sony Music (UBC)Publicado em 1997 (01/Dez)ECAD verificado obra #127991 e fonograma #681855 em 29/Out/2024 com dados da UBEM