A sua boina vermelha (sua de outra, que nĂŁo dele) AtraĂa-o para ela, Dona e senhora da boina. Realçava-lhe o cabelo De oiro puro, o claro rosto E o nĂłrdico azul dos olhos FusĂŁo de belo e bom gosto. Gosto para quem os tinha, Mais para quem os olhava: Jovem pequena rainha De uma multidĂŁo escrava Que a dar-se-lhe por mercĂȘ Sua carta de alforria, De certo ali a rasgava. Senhora dona da boina Vermelha trazida Ă rua, Era-o bem de toda a gente, Inclusivamente sua, Quota-parte consentida Por complacĂȘncia da vida, Inegavelmente bela, Complicadamente nua.