Vou-me embora dessa terra... - Olodumaré... Para outra terra eu vou... - Olodumaré... Sei que aqui eu sou querido... - Olodumaré... Mas não sei se lá eu sou... - Olodumaré... O que eu tenho pra levar... - Olodumaré... É a saudade desse chão... - Olodumaré... Minha força, meu batuque... - Olodumaré... Heranças da minha nação...
Ainda me lembro do terror, da agonia, como um louco eu corria para puder escapar. E num porão de um navio, dia e noite, fome e sede e o açoite conheci, posso contar. Que o destino quase sempre foi a morte, muitos só tiveram a sorte de a mortalha ser o mar.
Na nova terra novos povos, novas línguas, Pelourinho,dor, à mingua nunca mais pude voltar. E mesmo escravo nas caldeiras das usinas, nas senzalas e nas minas nova raça fiz brotar. Hoje, essa terra tem meu cheiro, minha cor, o meu sangue, meu tambor, minha saga para lembrar.
Compositores: Antonio Carlos Nobrega de Almeida (Antonio Nobrega) (UBC), Wilson Freire de Lima (Wilson Freire) (UBC)Publicado em 2004 (06/Ago) e lançado em 2004 (01/Ago)ECAD verificado obra #187934 e fonograma #700113 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM